“Sex is sex, marriage is marriage”: infidelity amongst married women in Shamva, Zimbabwe

Abstract

Many African societies adhere to a strong patriarchal norm as regards sexual relations, one that is unforgiving of female infidelity yet tolerates men’s extramarital affairs and even incorporates these into culture. This study reveals that, contrary to traditional assumptions defining women as a passive and powerless second sex, married women in a specific African township redefine their sexuality in ways that defy accepted cultural norms. In-depth, qualitative interviews with a sample of six Zimbabwean women — all of whom were involved in extramarital affairs at the time of the study — suggest that these women devised their own means of resistance to defy socially accepted norms and values and to become active sexual actors outside the marital domain. Some of the women also gain much-needed self-esteem from their extramarital affairs in that they experience these relationships as more egalitarian than the situations prevailing within their marriages.

Muitas sociedades africanas aderem a uma forte norma patriarcal no que diz respeito às relações sexuais, a qual não perdoa a infidelidade feminina, mas tolera os casos extraconjugais dos homens e até os incorpora à cultura. Este estudo revela que, ao contrário dos pressupostos tradicionais que definem as mulheres como um segundo sexo passivo e sem poder, as mulheres casadas em uma cidade africana específica redefinem sua sexualidade de formas que desafiam as normas culturais aceitas. Entrevistas qualitativas em profundidade com uma amostra de seis mulheres do Zimbábue – todas envolvidas em casos extraconjugais na época do estudo – sugerem que essas mulheres criaram seus próprios meios de resistência para desafiar as normas e valores socialmente aceitos e para se tornarem atores sexuais ativos fora do domínio conjugal. Algumas das mulheres também ganharam a tão necessária autoestima com seus casos extraconjugais, uma vez que elas vivenciaram esses relacionamentos como mais igualitários do que as situações que prevaleciam em seus casamentos.